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Maconha não é droga

terça-feira, 6 de outubro de 2009

BIC!!!

              Acendo um
              Prenso fumo,
              No canto só.
Querem prender-me,
    E não são capazes.
  Estão bem ali atrás,
  Aguardando o bote
  Não são inteligentes
  Suficiente para isso.
  Se vierem eu apago,
  Engulo e ainda trago
  Dentro do estômago.
  Se não vêm eu fumo,
  Tranqüilo, sossegado.
  Sucessivo me aprumo
  De cabeça bem feita.
  Sempre fui sabedor:
  Que a sorte é estreita.
  O medo é desespero.
  E seja pior como for,
  Pior é perder isqueiro.
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domingo, 4 de outubro de 2009

Baseado em dados científicos





16/11/2004


Folha de São Paulo
13/11/04 - ILUSTRADA
Drauzio Varella


   Todo maconheiro velho reclama da qualidade da maconha atual. Perto da maconha daquele tempo, dizem, a de agora é uma palha sem graça. A observação é paradoxal, porque a maconha de hoje tem concentrações muito mais altas de THC, o componente psicoativo da planta, do que as contidas nos baseados de 20 anos atrás.
   A queixa procede, no entanto. O THC inalado, ao chegar ao cérebro, libera quantidades suprafisiológicas de neurotransmissores -como a dopamina- associados às sensações de prazer e de recompensa. Como tentativa de adaptação à agressão química representada pela repetição do estímulo, os circuitos de neurônios envolvidos na resposta, sobrecarregados, perdem gradativamente a sensibilidade à droga, produzindo concentrações cada vez mais baixas dos referidos neurotransmissores. Nessa fase, a nostalgia toma conta do espírito do usuário.
   É por causa desse mecanismo de tolerância ou dessensibilização que o prazer induzido não apenas pelo THC, mas por qualquer droga psicoativa diminui de intensidade com a administração prolongada. Se é assim, por que o usuário crônico insiste na busca de uma recompensa que não mais encontrará? Por que fraqueja depois de ter jurado parar? Por que alguém cheira cocaína mesmo quando vive o terror das alucinações persecutórias toda vez que o faz?
   A resposta está nos circuitos de neurônios responsáveis pela motivação, memória e aprendizado.
   Estudos recentes mostram que a memória e o processo de aprendizado, bem como a exposição do cérebro a drogas psicoativas, modificam a arquitetura das sinapses (o espaço existente entre dois neurônios através do qual o estímulo é modulado ao passar), dando início a uma cadeia de eventos moleculares capazes de alterar o comportamento individual por muito tempo.
   Esse mecanismo comum permite entender por que a "fissura" associada à abstinência costuma ser disparada por memórias ligadas ao consumo da droga. Conscientemente, o usuário pode decidir tomar outra dose ao recordar a euforia ou a felicidade sentida anteriormente. Outros estímulos podem causar efeito semelhante: a visão do cachimbo de crack, o tilintar do gelo no copo, o esconderijo para fumar maconha.Mas existem lembranças mais abstratas (um cheiro, uma música, um fato, uma luminosidade) que podem induzir à procura da droga mesmo na ausência de percepção consciente.
   Não faz sentido falar generalizadamente em "efeito das drogas", visto que cada uma age segundo mecanismos farmacológicos específicos. Mas, se existe um efeito comum a todas elas, é a estimulação dos circuitos cerebrais de recompensa mediada pela liberação de dopamina, através da interação da droga com receptores localizados na superfície dos neurônios.
   Está fartamente documentado que o bombardeio incessante desses neurônios reduz progressivamente o número de receptores que respondem à dopamina. À medida que o cérebro fica menos sensível à dopamina, o usuário começa a perder a sensibilidade às alegrias cotidianas: namorar, assistir a um filme, ler um livro. O único estímulo ainda suficientemente intenso para ativar-lhe os circuitos da motivação e do prazer é o impacto da droga nos neurônios.
   Essa inversão de prioridades motivacionais torna seus atos incompreensíveis. Não é verdade que o adolescente rouba o salário da mãe para comprar crack porque não tem amor por ela; ele o faz simplesmente porque gosta mais do crack.
   A maioria dos ex-usuários que se libertaram da dependência de uma droga se queixa de que é preciso lutar pelo resto da vida contra a tentação de recair. Não conhecemos com exatidão os passos pelos quais as drogas psicoativas induzem alterações permanentes no cérebro. Mas os especialistas suspeitam que a resposta esteja nas distorções que elas provocam na estrutura das sinapses.
   Nos últimos anos, foi demonstrado que, durante o processo de memorização, surgem novas ramificações nos neurônios. E que esses novos prolongamentos vão estabelecer sinapses duradouras com neurônios da vizinhança, aumentando a complexidade e a versatilidade da circuitaria nas áreas do cérebro que coordenam a memória.
   Quando sensibilizamos camundongos à cocaína, ocorre fenômeno semelhante: surgem novas ramificações e novas sinapses, mas nos neurônios situados nas áreas que controlam os sistemas de recompensa e de tomada de decisões.
   Os circuitos envolvidos no aprendizado e na memória estão sendo vasculhados pelos que estudam a neurobiologia da adição. A partir deles, talvez possamos entender por que alguns experimentam drogas para viver uma experiência agradável e não se tornam dependentes, enquanto outros transformam seu uso em compulsão destruidora.
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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A legalização da maconha e suas consequências

Francisco Alejandro Horne Acadêmico das Faculdades Jorge Amado - BA.
Inserido em 10/9/2006
Parte integrante da Edição no 195
Código da publicação: 1537

1 – INTRODUÇÃO
   Quando nos disponibilizamos para buscar informações para escolher o tema deste trabalho, descobrimos uma notícia interessante na CNN: no Canadá se aprovava uma lei pela qual o estado permitia o uso de maconha com fins terapêuticos em uma série de doenças crônicas e terminais.
   A legalização da maconha é um tema bastante controvertido, pela quantidade de interesses ocultos que existem por trás da mesma, sobretudo sociais e econômicos.
   Essa falsa concepção que existe, relacionando os usuários da Cannabis à “vagabundagem”, cairia por água abaixo com a sua legalização. Assim como acreditamos que, se a natureza nos deu substancias para combater quase todas as doenças, seria um absurdo omitir o valor da Cannabis para o uso medicinal.
                                                                                 
                                 Leia maisem: http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=1537
  
                        
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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Meus neurônios

   Tenho ciência de todos os males...
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terça-feira, 15 de setembro de 2009

QUERO FUMAR EM PAZ

   Não estou querendo incentivar o consumo de nenhuma droga,ainda que muitos pensem dessa forma,ainda que a lei reprima qualquer tipo de discussão nesse sentido.Não me importo com a lei,principalmente com esse tipo de lei que distorce assuntos,gera polêmicas desnecessárias e favorece uma classe social,a dos ricos.Quem tem dinheiro tem tudo.O que pretendo é defender meu consumo,recreativo,desenfreado e compulsivo de maconha.Tenho sentido na pele uma dificuldade em conseguir essa substância só encontrada nas mãos de traficantes.Mérito para os agentes repressores?Mérito para as políticas antidrogas?Digo que não há mérito algum uma vez que os números em relação ao tráfico(dispenso estatísticas) se elevaram em todos os seus índices.Estamos tendo mais crianças envolvidas com o tráfico,mais homicídios decorrentes do tráfico,mais mulheres envolvidas,mais roubos para financiar a máquina que vende,mais sequestros.Basta uma parte do jornal para percebermos que nada está no caminho certo.Nós os usuários não somos o cerne desse odioso e horrendo mundo do tráfico,não financiamos,não associamos,não participamos,não formamos quadrilhas,não vendemos projetos de leis que favorecem empresários.Somos consumidores,estamos no vértice de um quadrilátero preenchido por políticos,banqueiros,estrangeiros,empresários de todos os setores,todos endinheirados em suas mansões cheirando o seu pozinho à beira da piscina como se nada estivesse acontecendo.E realmente não acontece nada com quem possui dinheiro,nome e prestígio.Esse não é o meu caso.
   A mudança na lei tratando o usuário como uma pessoa que merece tratamento,um doente,perdido dentro do seu mundo de consumo é um passo sim,mas deixa rastros atrás de si.O que percebo é que o abrandamento de penas para quem consome e o fortalecimento no combate aos traficantes gera uma elevação no preço das drogas que custam menos e pesam mais,além de uma notória ausencia do produto no mercado.Esse é o caso da maconha,cada dia mais cara e mais rara aqui na minha cidade e creio em outras regiões.A explicação é a  de não compensar o tráfico desse tipo de droga que para gerar lucro significativo deve ser vendida em grandes quantidades,transportada com muita dificuldade,chamando a atenção de policiais que não estão envolvidos no esquema.Não é rentável,é arriscado e as penas são graves para quem for pego vendendo.
   O que acontece é que para continuar no ramo os traficante se utilizam de outros meios obviamente ilegais para permanecerem e manterem o seu status.Só existe ex-traficante em depoimentos da igreja Universal.Então eles vão vender uma mercadoria que chega mais fácil nas suas mãos e traz mais retorno financeiro para sua firma.Essas mercadorias são a cocaína,os sintéticos(lsd,anfetaminas..) e o pior de todos no momento o crack,esse destrói a pessoa com horas de consumo,está presente em todas as classes sociais e vai destruindo famílias e vidas como se fosse uma epidemia.Queria informar que o crack já chegou em minha cidade causando uma ausência significativa na venda e consequentemente (embora menos expressivo) no consumo da maconha.Em contrapartida crianças estão se matando com um cachimbo na mão,meninas se prostituindo por uma pedrinha e os próprios vendedores,pequenos traficantes,se viciam tendo que cometer mais crimes para continuarem a venda e o uso.Soma se a isso o consumo exagerado e não controlado de álcool por um sem número de adolescentes que inadvertidamente preferem essa droga a ter que correr o risco de subir e descer morros à procura da maconha.
   Todos os movimentos em torno de uma possível legalização são bem vindos,falo por mim que não aguento mais ter que pagar caro para consumir minha erva.
   Gostaria que não me levassem a mal os puritanos,os desinformados,os não usuários de nada(se existir),os pais principalmente.Não estou incitando o consumo de coisa alguma como já dito, o que almejo é uma liberdade para que muitos como eu não se vejam vitimados por um aparelho político contrário a tudo que a maconha proporciona.
   Estamos dispostos a negociar desde que tenhamos condições de comprar legalmente(se for o caso),plantar e fumar sempre que quiser.
   Legalize já.  

 
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Vamos legalizar!!!

E por que não legalizar...estão ganhando dinheiro e vendo o povo se matar...
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